quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O rei dos animais

O reino animal é muito organizado. Certa vez, o macaco, escolhido para ser o representante da bicharada, fez uma reunião.
Deveriam decidir qual seria o rei dos animais. Todos dizem que é o leão, mas havia três leões naquela floresta, qual deles seria o rei?
A qual dos três devem prestar homenagens? Os próprios leões já haviam comentado entre si para decidir qual deles era o mais forte, digno de ser rei. Como fazer para eleger o mais forte? Surgiu o impasse. Não queriam lutar entre si, pois eram amigos. Decidiram então eleger o que demonstrasse maior valentia e resistência.

Havia uma grande montanha, muito difícil de ser escalada. O primeiro a atingir o cume da montanha seria o rei! Foi lançado o desafio. Uma semana depois lá estavam todos os bichos, curiosos para conhecer o novo rei. A competição começou. O primeiro tentou, mas não conseguiu ir muito longe. O segundo também. E o terceiro igualmente. Estavam os três exaustos e não tinham ido nem até a metade da montanha. Desistiram.
A plateia começou a ficar impaciente, afinal, qual seria o novo rei? Nenhum deles venceu. Então o macaco, que acompanhou de perto toda a competição, se manifestou novamente.

- Eu sei quem deve ser o rei – disse.

Todos parara, curiosos.

- Eu estava ao lado deles quando desistiram, e ouvi o que disseram. O primeiro leão disse: montanha, você me venceu! O segundo também: montanha você me venceu! Mas o terceiro disse: montanha, você me venceu… por enquanto! Você, montanha, já atingiu seu tamanho final: eu ainda estou crescendo.

Está decidido, o novo rei é o terceiro leão.

- Por que?

- Porque o terceiro leão teve uma atitude de vencedor diante da derrota – disse o macaco. Ele está preparado para ser nosso rei porque é maior que seus problemas.

Toda a bicharada aplaudiu o novo rei, que foi coroado ali mesmo, na montanha.

Para refletir
O nosso caminho está cheio de "montanhas", de barreiras que não podemos vencer, ao menos de imediato. A postura positiva diante destas situações faz a diferença. Não fomos derrotados até que nos entreguemos definitivamente. A "montanha', ou qualquer problema/dificuldade, só nos vencerá se permitirmos isso, se tomarmos uma atitude de derrota. Somos maiores que nossos problemas, sempre.
Qual a "montanha" na minha vida? Quais as "montanhas" que me venceram no passado? Por que me venceram? Quais foram derrotadas por mim? Qual a diferença de atitude que me fez derrotar em uma e ser derrotado em outra situação? Qual a melhor atitude diante de uma aparente derrota?

Fonte: www.catequisar.com.br


O segredo do equilíbrio no amor

Ao final da tarde, num dia ensolarado de verão andavam tranquilamente pela praia a mãe com a sua filha. Em certo momento, a menina parou e perguntou à mãe:
- Como se faz para manter um amor?
A mãe olhou para a filha com olhar terno e disse:
- Pega um pouco de areia e fecha a mão com força.
A garota pegou a areia e percebeu que quanto mais apertava a mão, mais areia escapava por entre os dedos.
- Mamãe, mas a areia caiu toda – disse, confusa.
-Eu sei, agora pega mais um pouco de areia e deixa a mão aberta.
A menina assim o fez. Deixou a mão aberta, mas veio o vento e levou toda a areia.
-Mamãe, a areia caiu de novo – disse.
A mãe sorriu. Então começou a explicar:
- Para manter a areia, é preciso deixar a palma da mão semiaberta, como se fosse uma colher.
Um pouco fechada para proteger a areia e um pouco aberta para lhe dar liberdade. Pega mais um punhado de areia e experimenta.
A menina pegou a areia e deixou a mão como a mão havia ensinado. Ao ver que a areia não caia, sorriu.
A mãe disse então:
- Assim é também com o amor…

Para refletir
Cada amor é único e tem exigências próprias. Aprendemos a lidar com ele conforme vamos nos deixando envolver pela pessoa amada. Mas existem alguns princípios básicos que podem nos ajudar muito em todos os relacionamentos.
O sábio ensinamento que a menina da parábola aprendeu é um deles. Para mantermos um relacionamento vivo e sempre forte, é preciso equilíbrio. É preciso harmonia entre a liberdade e a proteção. Segurar um pouco significa cuidar bem do amor e da pessoa amada. Mostrar que gostamos dela, que ela é importante para nós. Dar presentes, dizer palavras bonitas, partilhar o tempo com ela são coisas que ajudam a "proteger".
Por outro lado, devemos dar liberdade, pois nenhuma pessoa é propriedade de outra, Não podemos querer controlar ou mudar as suas ações, as suas atitudes, o seu modo de ser. Se insistirmos nisso é o mesmo que apertar demasiado a areia, ela achará formas de se esvair e não voltará mais.
Como cuido dos meus relacionamentos? Consigo equilibrar a liberdade com o desejo de proteção? Vendo minhas atitudes comuns, como poderia melhorá-las? Sinto medo de, ao dar liberdade demais, perder a pessoa amada? Por quê? Já conversei com ela sobre isso?

Fonte: www.catequisar.com.br

A porta do coração

Em praticamente todas as culturas, o coração é associado aos sentimentos, à docilidade, ao amor. Por isso, ouvimos com frequência coisas do tipo: "que coração de pedra", "esse sujeito não tem coração".

Quantas vezes em nossa vida ouvimos dizer: "Esse indivíduo não tem coração, usa somente o cérebro".

Há uma história interessante sobre a obra intitulada "O Bom Pastor". A imagem é bastante conhecida: retrata Jesus Cristo, com uma lâmpada na mão, batendo a uma porta.

Quando essa imagem foi exposta pela primeira vez, as pessoas começaram a olhá-la com atenção e viram que não havia fechadura na porta. Questionaram então o pintor:

-Ei, esta obra está inacabada, não foi pintada a fechadura na porta.

O pintor serenamente explicou:

- Esta porta não tem fechadura. Ela só abre por dentro do nosso coração. Jesus ou qualquer outra pessoa que esteja de fora pode apenas bater e aguardar que ela se abra.

Para refletir

Nós temos total autonomia sobre o nosso coração. Certamente somos influenciados pelas pessoas que batem querendo entrar em nosso coração, mas nós temos o poder de permitir ou impedir que essa pessoa entre na nossa vida. Isso parece bom, mas é uma exigência muito grande. E uma responsabilidade também. Significa que devemos ser muito prudente e atentos, pois podemos deixar de abrir a porta para pessoas que realmente nos amam e querem fazer parte da nossa vida. Isso causaria um grande sofrimento a elas e certamente a nós mesmos.

Quando sentir que alguém bate em seu coração, dê atenção. Essa atitude não vem de qualquer um. Só quem realmente deseja entrar é capaz de chegar tão perto de nós e tocar uma parte tão íntima do nosso ser. O mínimo que ele merece é a nossa atenção. Vá até a porta, pergunte quem é e quais são as suas intenções, e dê-lhe um pouco de atenção. Um diálogo de coração para coração revela coisas surpreendentes.

Como seria a vida se eu não tivesse o domínio sobre o meu coração? Há momentos em que sinto que não sou capaz de atender à porta quando alguém bate? Se deixasse a porta aberta, seria um benefício ou um problema? Por quê? O que posso fazer para ser mais fraterno e mais próximo das pessoas que me amam? Pense um pouco nas pessoas que bateram ou batem à porta do seu coração. Como é o relacionamento com elas atualmente?

Fonte: www.catequisar.com.br